Antagonistas - Parte I

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

 


Saudações selûnitas!

Agora que você já conheceu os Guardiões da Prata, e os infelizes que acompanharam o grupo, é chegada a hora de apresentar os vilões.

Como já foi dito aqui no Altar, os oponentes diretos dos Guardiões são algumas células da Igreja de Shar, especialmente aquela que governava o enclave flutuante conhecido como Refúgio da Noite Eterna.

Logo nas primeiras aventuras, quando os heróis invadiram o templo da deusa das trevas, nas Montanhas Rauvin; foi encontrado na biblioteca do lugar, um manuscrito contendo uma árvore hierárquica de uma poderosa e influente célula sharrana, que viria a ser sua grande adversária. No topo do esquema, figuravam quatro nomes: Pólux Azuos, Zaliach, Sailoth e Sudrahal. Segundo o documento, existiam ao menos quatro outros nomes ligados a cada um dos citados. Um dos nomes, que derivava de Pólux, causaria junto com este, mutos problemas e sofrimentos aos Guardiões da Prata. Trava-se de Aurora Snow.

A dupla Pólux Azuos e Aurora Snow foi a que mais causou problemas aos aventureiros, e conseqüentemente, são os responsáveis pelas maiores tragédias vividas pelos heróis. Porém, esses não são os únicos problemas do grupo. A lista de inimigos é extensa.

Ocasionalmente serão postadas pequenas descrições de cada inimigo conhecido pelos Guardiões da Prata, estejam vivos ou mortos. Hoje, será apresentada a maior dor de cabeça dos heróis atualmente, o guerreiro chamado Pólux Azuos


Pólux Azuos (humano, guerreiro / algoz)

Pólux nasceu no glorioso reino de Cormyr, e desde criança dedicou sua vida à coroa. Como seu pai, juntou-se a ordem de cavalaria conhecida como Dragões Púrpuras, quando ainda era garoto. Com apenas quinze invernos já conseguia vencer renomados homens de armas de patente superior, e mais velhos. Rapidamente sua fama espalhou-se, e seu nome passou a ser admirado e respeitado por todo reino e terras vizinhas. Em pouco tempo, com menos de vinte anos de idade, já era considerado o melhor espadachim da pátria púrpura, ficando atrás apenas do próprio Rei Azoun IV.


Pólux Azuos lutou contra a recente invasão da horda goblinóide que assolou o reino, e assistiu, impotente, seu amado rei perecer nas garras do terrível Dragão Diabo. Com a queda do rei, herdou o status de mais poderoso guerreiro daquelas terras. Entretanto, ainda não tinha idade suficiente para galgar as patentes mais elevadas.

Exímio combatente e dono de um caráter honrado, o primogênito da família Azuos também mostrava uma tenacidade incrível. Graças a sua inabalável - e fanática - força de vontade, sempre conseguia tudo o que queria. Nunca desistia de seus objetivos, não importando o tamanho dos obstáculos em seu caminho. Esse traço de sua personalidade deveria ser uma virtude, mas acabou por tornar-se um atalho para sua ruína. Sua própria reputação era fruto dessa peculiaridade. Sempre sonhara em ser o mais admirado combatente de sua terra, e dedicou-se obsessivamente a esse fim, dia e noite, sem descanso, até atingir essa meta. E assim foi com seu primeiro amor.

Quando o jovem Pólux conheceu a filha da costureira que trabalhava pra sua mãe, apaixonou-se imediatamente. A donzela chamava-se Cassandra Wild. O tenaz guerreiro disse para si mesmo que teria o coração daquela jovem selunita, e não descansaria até conseguí-lo. Infelizmente pra ele, os votos sacerdotais da noviça não permitiam à jovem corresponder o amor do audaz soldado, levando-o ao desespero. O temperamento obsessivo do rapaz, aliado a paixão que sentia pela dama, mostrar-se-iam uma combinação letal.

Um dia, em um acampamento de campanha, Pólux recebeu uma proposta tentadora de um clérigo de Shar, que se infiltrara em sua brigada. Ele teria o amor da noviça, caso a afastasse da deusa da lua e a trouxesse para a Amante da Noite. O inocente lutador hesitou durante alguns dias, mas inevitavelmente, acabou por aceitar a proposta. Caiu em desgraça, e foi uma questão de tempo até abandonar sua pátria e esquecer de seus valores e de sua honra, para juntar-se declaradamente aos seguidores das trevas. Tudo por amor, dizia ele.

Quando descobriu que a jovem Cassandra saíra em missão sagrada e enamorara-se do jovem paladino Agnus, o ex-dragão púrpura foi tomado pela fúria e pelo ciúme. Com a ajuda de uma jovem e cruel parceira, Aurora Snow, Pólux interceptou o grupo Guardiões da Prata, do qual sua amada fazia parte. Durante o ataque, derrotou toda a equipe com facilidade e, tomado pela loucura, fez questão de violentar a noviça, na frente do jovem Agnus, que assistia tudo impotente e imobilizado. Em seguida, seqüestrou a serva da deusa da lua. O evento causou traumas profundos nos Guardiões. Nessa ocasião, o paladino quase abandonou sua fé.

Depois de submeter Cassandra a uma poderosa lavagem cerebral, o corrompido Pólux conseguiu trazê-la à fé sharrana, deixando Agnus desolado e desesperado.

Pólux, no fundo de sua alma, é atormentado pela culpa, e às vezes surpreende-se enojado por seus atos. Mas logo afasta essas perturbações da cabeça e aceita sua nova condição. O herói de outrora pensa que o desfiladeiro rumo à perdição é um caminho, do qual só é possível retornar, se tiver descido até certo ponto. Quando um certo limite é ultrapassado, e certos atos de maldade irreparável são cometidos, não existe mais perdão ou redenção. Só resta, então, mergulhar ainda mais na decadência; já que nenhuma ação altruísta apagaria os crimes cometidos.


Pensando assim, sem esperança de redenção, o decadente guerreiro foi ao fundo do poço, e limitou-se a apenas seguir as ordens de sua deusa sombria. Aliou-se a demônios e chacinou uma cidade inteira, no evento que passaria a ser lembrado como Massacre de Neve Morta.

Por um golpe do destino, a fortaleza em que os heróis residiam foi invadida e destruída por aventureiros desconhecidos, aparentemente sem nenhuma ligação com os Guardiões da Prata. Durante o ataque, um pedaço do teto do aposento em que se encontrava, desabou sobre sua cabeça, apagando-lhe suas memórias; e com elas, a lembrança de Cassandra, e de todos os crimes que cometera. Era uma chance de começar de novo.

Depois de um tempo, foi encontrado pelos Guardiões da Prata, sem memória e indefeso; de alguma forma, inocente de seus crimes. Impedidos de matar o vilão por compaixão e honra, decidiram entregar-lhe para as autoridades de Lua Argêntea. Pólux lá se encontra, sob custódia, até recuperar sua memória e estar apto a responder perguntas.
***


Bom, por hoje é isso pessoal.

O próximo vilão a figurar aqui será a terrível maga Aurora Snow.
Até lá!

Obs: Quando idealizei esse personagem, imediatamente visualizei-o em minha mente. Ele deveria aparentar poder, honra, glória e majestade. Embora fosse essencialmente um vilão, ele não deveria parecer um. Por seu passado heróico, Pólux deveria ter um semblante altruísta, que contrastasse com sua alma corrompida.
Ao navegar pela web, encontrei no site do genial artista Todd Lockwood, que se enquadrava perfeitamento pro que eu imaginava para o personagem. Não pude resistir a tentação de me aproveitar da imagem para reprasentar o Pólux para meus jogadores, e agora, para os visitantes do Altar. Você pode ver outros trabalhos do artista em
www.toddlockwood.com

5 comentários:

Italo disse...

Muito interessante o Pólux, eu tinha vontade de fazer um vilão mais ou menos nesses moldes também: um algoz que ainda conservasse certos ideais (talvez distorcidos) de honra e glória. Mas o meu seria um servo de Helm, que na sua eterna vigilância e luta contra o mal, acabara perdendo a sensibilidade e compaixão.

O grupo deve ter passado por um dilema bem interessante quando encontrou o Pólux sem memória. E deve ter sido ao mesmo tempo frustrante ter o seu maior inimigo a sua mercê e não poder acabar com ele.

Ah, não posso deixar de dizer que o Pólux é o Anakin Skywalker! kkkkkkk. Um cavaleiro justo e honrado que foi para o lado negro por causa de seu grande amor. hehehe

Sim, notei que "Azuos" é o contrário de "Souza", isso tem algum significado especial?

Quero ver a Aurora Snow, pelo que eu vi nos posts anteriores, essa mulher causou mais do que problemas para os Guardiões, aposto que o grupo já se referiu a ele com muitas palavras inadequadas para crianças ouvirem. hehehe

Até mais. o/

André Carvalho disse...

Fala grande Italo! Eu nunca tinhapensado nessa ligação entre o Pólux e o Anakin.Cara, mas é verdade sim! São mesmo parecidos. Mas a inspiração não saiu dali. Eu sempre gostei de fazer dos meus vilões, apenas heróis caídos, que por algum motivio mergulharam na corrupção. Na outra campanha, tinha o Kasha, (que na verdade é um personagem q existe desde a campanha re-retrasada, de 98)um jovem arquimago, que não era um cara mal, mas acabou se corrompendo tb.

Acho que a inspiração para o Pólux nasceu de uma mistura desse conceito de herói corrompido, com uma pitada de trastorno obsessivo e compulsivo (que tira a sanidade de muita gente), e um pouco do que eu mesmo ja vi na vida, dos absurdos que um cara apaixonado faz por uma mulher, jogando fora a sua própria honra e auto-estima. Soma-se a isso, também, o róprio conceito da classe de prestígio Algoz

Acho que o Pólux nasceu daí. Ele é um cara obsessivo, que nunca desiste, até conseguir o que quer, fazendo o que for preciso pra conseguir. A própria fama dele é fruto desse traço obsessivo. Ele sempre quis sewr o mais forte e dedicou-se pra isso durante toda a sua vida, abdicando de todos os prazeres de uma existencia normal.

Mas de fato, ele PARECE com o Anakin, assim como a Lisandra de Holy Avenger, lembra?

Mas o Pólux de fato não foi inspirado no Anakin, pelo menos não diretamente.

Ah, uma curiosidade que eu não coloquei no post. O que contribuiu imensamente para a queda dele, foi ter um diálogo em pessoa com Shar, que é tida como a personificação da corrupção suprema. Esse contato, tb teria influencidado.

Ufa!!! Acho que é isso!!! Valeu irmão!

Ah, e estou ansioso pelo próximo post do Rescunhos de uma Mente!

Um abraço

André Carvalho disse...

Ah, esqueci de comentar sobre sua observação quanto ao nome Azuos! Vc é bastante perspicaz Italo. O nome é realmente Souza ao contrário. Souza é o nome da família de minha esposa. Como o Pólux era membro de uma família nobre de Cormyr, eu precisava de um sobrenome legal. Inverti Souza pra ver como ficava e gostei do resultado!
Valeu!!!

Italo disse...

Ah, tá explicado. Como alguém não seria corrompido conversando pessoalmente com o próprio Chanceler Palpatine. Ops, quero dizer, Shar. hehehehe.

Gostei do bicho, ele é um vilão com conteúdo, não é só um rosto malvado. =P

Mas eu também gosto dos vilões clássicos que contam o seu plano inteiro antes de atacar os heróis, gargalham loucamente e fazem maldades aleatórias. =]

Abraço.

Anônimo disse...

bando de psicopatas!!!!!!!!!!!!!!!!