Olá amigos!
Depois de algum atraso, disponibilizo um novo background. Trata-se da história da Marwen, personagem da Patrícia, esposa do Nilo. Naturalmente, o texto a seguir e de autoria da moça. Porém, o trecho final, ambientado em Calinsham, é um acréscimo de minha autoria.
Com vocês, a elfa ranger Marwen Fallanda!
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No ano de 1144, período de grandes mudanças em Faerûn, retorna Floresta Alta a família Manágarn, fugindo das transformações das grandes cidades.
Lis Manágarn, filha mais jovem, acostuma com a movimentação das cidades, demora algum tempo para se acostumar com a vida nas florestas. Para se adaptar, ela começa a andar sozinha pelas matas. Apesar de ser uma maga de considerável poder, não era preparada para lidar com os perigos de uma grande floresta. Em uma de suas andanças foi emboscada por um pequeno grupo de goblins, e certamente teria uma morte cruel se um ranger experiente não tivesse aparecido para salva-la.
Luthien Fallanda, o elfo da lua salvador de Lis, era um exímio conhecedor não só da Floresta Alta, como também de toda a região das Fronteiras Prateadas. O andarilho das terras selvagens e a maga da cidade conversaram durante algum tempo durante o trajeto de volta para o novo lar da elfa.
Estava plantada a semente de uma genuína amizade, na qual confidencias e histórias particulares eram trocadas. Com seu novo amigo, Lis aprendeu sobre os perigos e singularidades da regi o, e sobre aventuras. Depois de pouco tempo, juntos, aprenderam também o que era o amor.
Consumaram casamento em 1154 e passaram os anos seguintes se aventurando pelos quatro cantos de Faerûn. Se aventuravam com amigos que conheceram nos primeiros dias de casados. O grupo contava com os dois elfos, um par de humanos e até mesmo um anão.
Depois de vinte anos desbravando locais inóspitos e rastejando por masmorras, Lis engravida, fazendo com que o casal élfico abandasse os perigosos caminhos da lâmina e dos tesouros.
No décimo sexto dia do sétimo mês, na maré do verão do ano de 1176 nasceu o primogênito do casal, Muriel Manágarn Fallanda.
A vida seguiu seu curso natural, com suas idas e vindas. Lis e seu esposo travavam pequenos e esporádicos combates apenas para defender seu vilarejo de incursões hostis de forasteiros. Ocasionalmente, a família élfica fazia viagens para aprimorar os estudos da maga e também do infante. Até que passados 66 anos, a usuária de magia engravida novamente.
***
No décimo dia do décimo mês do ano de 1244, eu, Marwen Manágarn Fallanda, nasci em uma pequena aldeia na Floresta Alta, conhecida como Abrigo de Olostin.
Nossa vida era simples. Gozávamos de certo conforto em nosso lar situado nas copas de um majestoso carvalho, a única residência élfica do povoado. Muriel trabalhava para as caravanas que freqüentemente por ali passavam, e quando não estava fazendo isso, ajudava nosso pai a combater ocrs, goblinóides e principalmente os trolls que ocasionalmente atacavam Olostin e castigavam a floresta.
Eu cresci. Bem mais lentamente que os humanos, que ganhavam cabelos grisalhos, enquanto eu apenas atingia a puberdade e ganhava corpo. Minha mãe sempre tentou me guiar pelos caminhos arcanos da Trama, que o deus Corellon, patrono da família Manágarn, abençoava. Mas não deu certo. Eu puxei o temperamento livre e nômade da família do meu pai, Fallandra. Estudar livros, enclausurada em uma sala fechada, nunca me atraiu. Eu herdei de meu pai o gosto pela vida errante e o intenso amor pela natureza e suas crias. O desejo de conhecer as maravilhas do mundo e o senso de dever em combater aqueles que ferem as matas, desviou minhas mãos dos livros e as guiou para os cabos das espadas, tal qual meu pai, antes de mim.
Desde muito jovem segui os passos de meu pai e de meu irmão, passando a acompanhar Muriel junto as caravanas que escoltava.
Em um certo dia, que tivera uma alvorada escarlate – e isso era um mal presságio – eu e meu irmão, como de costume, acompanhávamos uma caravana até o próximo povoado, até que fomos interceptados por um bando de odiosos orcs e seguiu-se uma terrível batalha nas proximidades de Nesmé. Fiquei gravemente ferida, mas fui salva por uma outra caravana que como enviada por Mielliki chegou ao local. Ishan, um jovem sacertote da bondosa senhora da lua, Selune curou minhas feridas.
Depois de vencer a batalha contra os orcs, ambas as caravanas seguiram viagem juntas de volta ao Abrigo de Olostin. O jovem clérigo Ishan ficou alguns dias hospedado em nossa casa nas copas do carvalho enquanto aguardava uma outra caravana. Eu devia minha vida quele homem. Surgiu, então, uma natural afeição tanto minha, quanto da minha família em relação ao forasteiro. Até o dia que ele se foi, deixando a promessa que nos visitaria quando possível.
Em 1358, quando eu tinha cento e vinte invernos de idade, o mundo mergulhou em caos. As cortinas do evento chamdo "Tempo das Perturbações" foram abertas. Deuses caminhavam entre os mortais e lideravam-nos em guerras santas. A guerra se abateu por todo Faerûn. Igrejas reuniam exércitos e atacavam outras igrejas e seus respectivos exércitos deixando centenas de milhares de corpos apodrecendo em toda a extensão do continente. Deuses morriam, e mortais ascendiam à divindade, e o mundo sofria as conseqüências catacíscimas dos acontecimentos.
Uma boa parte do meu povo fugiu para longe das catástrofes e guerras causadas pela "Crise do Avatar", indo procurar abrigo com os elfos do sol na terra sagrada de Encontro Eterno (Evermeet), onde nenhum representante das raças inferiores jamais colocariam os pés. Meu pai e minha mãe optaram por fugir de Faerûn junto com o restando dos elfos. Muriel e eu, contrariando nossos amados pais, optamos por ficar em Olostin, mas por pouco tempo. O vilarejo que ajudamos a defender durante tantos anos já não era tão atraente para mim e meu irmão; e logo abandonamos o lugar. Muriel recebera uma proposta de trabalho irrecusável em Lua Arg ntea (Silverymoon) e os antigos companheiros de aventuras dos meus pais que ainda viviam, moravam lá.
Raspen e Havenna, casal de elfos amigos dos meus pais, nos acolheram em sua casa como se fossemos os filhos que nunca tiveram.
Raspen era um guerreiro valoroso e passou a treinar a mim e meu irmão na arte da esgrima. Havenna era uma clériga no templo de Mielliki da Gema do Norte, e nos ensinou os dogmas de sua patrona, que aprendemos a amar e defender. Foram anos de paz, dedicados a treinamentos, aprendizados e viagens.
Eu, meu irmão, Raspen, Havenna e Silas – um espadachim habilidoso amigo dos meus pais adotivos – também tivemos nossas aventuras pelas terras selvagens do norte e conseguimos algum renome nas redondezas. Nessas andanças pelos ermos de Faerûn, reencontrei com Ishan, aquele abençoado clérigo de Selune que uma vez salvara a minha vida nos arredores de Nesmé.
Ishan, entre uma conversa e outra, me contou sobre seus objetivos. Ele planejava iniciar uma longa em perigosa jornada para o sul, mais especificamente para o reino de Calimsham. O objetivo era rasterar um renomado grupo de heróis das Fronteiras Prateadas, em busca de respostas para enigmas de seu passado.
Eu já ouvira falar nos Guardiões da Prata anteriormente. Era um grupo de valorosos heróis responsáveis por defender a vila de Neve Morta da fúria de um pequeno exército oriundo da Espinha do mundo e também famosos por sua dedicada oposição à macabra igreja de Shar. Ishan salvara a minha vida, e agora estava partindo sozinho para o sul e talvez não sobrevivesse se fosse sozinho. Decidi segui-lo. Eu devia isso a ele.
***
Calinsham, Hammer de 1374:
Hoje cedo chegamos a Calimsham. O clima aqui é quente. A cidade é gigantesca e repleta de prédios impressionantes com torres de pontas douradas e arredondadas que lembram o formato de gotas colossais. Pessoas voam em tapetes voadores que serpenteiam o ar abafado entre as contruções. As pessoas andam pelas ruas com poucas roupas e muitas jóias. O lugar é muito populoso. É preciso se espremer entre as pessoas suadas para seguir seu caminho pelas ruas apertadas. O som dos mercadores berrando suas ofertas incomodam meus ouvidos acostumados com o canto dos pássaros da floresta e harpas dos bardos de Lua Argêntea. O lugar é abarrotado de gatunos e halflings irritantes famintos por bolsos de estrangeiros ingênuos.
Os homens usam bigodes engraçados, curvados para cima; chapéus estranhos - que eles chamam de turbante – cobrem suas cabeças, e sapatos engraçados de pontas curvadas pra cima calçam seus pés. Usam roupas escandalosas, de cores vivas, deixando sempre o peito nu.
As mulheres parecem, ocupar uma posição inferior a dos homens. São proibidas de mostrar seus rostos que estão sempre cobertos por suaves véus, deixando apenas os olhos a mostra. Usam calças largas feitas de tecido fino, e blusas que cobrem apenas os seios, deixando suas barrigas a mostra.
Há pouco, alugamos quartos na Hospedaria do Destino Incerto e vamos descansar até amanhã , quando sairemos procura dos Guardiões da Prata. Rumores locais indicam que pessoas com as descrições dos heróis que procuramos estão explorando uma masmorra sob as areias do insuportável deserto de Calim.
1 comentários:
a melhor de todas pqp tinha que ser minha garota
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